"De leve...inocente...determinado...despercebido...distraído. E outra vez os arrepios...outra vez as sensações..."

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12.7.14

Das Saudades

É engano pensar que so existe saudade do que aconteceu. 
Existe saudade daquilo que quase ocorreu. Do que a gente sonhou e não realizou.
Do que ficou pelo caminho por falta de insistência. 
Essa saudade é dolorida e tem gosto indefinido. 



14.6.14

Não precisa ser definitivo, basta um café, 
um abuso afetivo e uma dose forte de felicidade interna.


9.1.14

Para mim o silêncio,  funciona para descongestionar velhas teorias, filtrar desejos
E apaziguar meus sonhos. 

29.12.13

Sou dos planos sem motivos. Sou de tudo e às vezes do nada.
Da razão por obrigação. Da reza por devoção.
Da fé por oração. Sou do que valeu a pena.
De momentos eternos. Das lembranças.
Sou sem vergonha de ser...
Eu sou porque sei lá, Deus decidiu que eu fosse assim.

28.10.13

As saudades custam caro

As saudades custam caro.
Custam algumas lágrimas que teimam em cair. O leite derramado por pura displicência. Cremes para esconder as olheiras de noites sem dormir. Falta de paciência com as coisas mais simples. Cansaço na vista de tanto olhar o visor do celular. Músicas que tocam repentinas vezes para lembrar-se do infeliz. Promessas feitas no analista, pra esquecer o sujeito e nunca cumpridas pela necessidade de um medíocre afago na alma. Toneladas de papeis escritos e nunca enviados. Custa o desconforto emocional das lembranças contidas no cheiro que ficou no ar.
Custa a coberta amarrotada. Os dissabores do presente sem a alegria do passado. A palavra engasgada e o sentimento suprimido. Custa o chá de erva cidreira. O antidepressivo. As sonolências da madrugada. Os carneirinhos da insônia. Os sonhos guardados na caixa. O DVD mudo com a cena romântica na tela. A falta de um colo. A história pela metade. Vertigens enjoadas. Gosto denso do nada. As tardes longas demais. Os finais de semana no velho sofá. Telefone mudo, doido pra fazer barulho.
Saudade custa tão caro que é melhor intimá-la a ir embora. E se não fizermos isso, ficaremos pobres, pedintes, babacas, usando apenas o resto da saudade.
 

24.10.13

Das vontades...

Vontade de abrir a porta e dar de cara com o olhar certeiro e maroto de quem congela minhas ações.
 E no mesmo instante desfazer minhas malas como quem quer ficar para sempre no mesmo canto, no mesmo quarto sentindo o cheiro nas cobertas.
Não posso negar o desejo imenso de desabitar o silêncio para ouvir uma voz me chamando de um nome charmoso qualquer.
 

Liberdade

Só busco uma liberdade com horizontes lúcidos. 
Sou casa larga. Caco de sonho. Grito contínuo. Acorde sem partitura, mas sempre música. 
Sou livre do cotidiano. Confusão de palavras. 
Aprendiz da verdade, mas sem a secura das obrigações. 
Esforço-me para fazer uso do que me traz deslumbramento. 
Deliro, eu sei.
 Mesmo assim continuo, porque só assim devolvo ao mundo o que me liberta.

22.8.13

Penso muito sobre o quesito viver junto ou caminhar sozinha.
 Ainda não tenho todas as ideias organizadas, mas creio que algumas estão mais claras do que anos atrás. Todavia, não posso negar que sinto certo fascínio pelo “dois em um”. 
Talvez funcionem melhor, pelo menos para divergirem nas escolhas entre quem fica com o controle remoto e quem precisa ir até a cozinha para lavar a louça.
 

17.8.13

Simbora ser Feliz

(...)Ser feliz é justo. Ir, com coragem e determinação é uma possibilidade. 
Usar arranjos para conseguir a constância dos bons sentimentos é consenso de muitos. 
No meu caso, energéticos resolvem o meu desânimo e estimulam, melhorando o meu estado de êxtase. Topo os desafios para expandir meu coração e concedo-me o prazer de fazer tudo em exagero. Dou uma de forasteira em busca de um passaporte para atravessar sem nenhum chilique o lado mais perigoso da vida. Ora, ninguém consegue arriscar sem uma dose de loucura na veia. Eu por exemplo, faço uso desse pormenor. Não nego. Retiro a virgindade dos atos, usando algumas doses e em milésimos de segundos já faço tipo garota mochila nas costas e ilusão no coração. 
 
 O corpo pede. 
A alma suplica e eu atendo obediente.
 Sou capaz de um terremoto, desde que não me abstenha de viver a paixão, o amor, a saudade, as esperas e todas as sensações sem fronteiras. Nem preciso de divã de absolvição quando faço as loucuras. Nessa comoção, corro para as temporadas de imprevistos que me empurra para a cerração ou vice-versa.
A alma pede e o corpo dá o aval. 
Sem dublês e com um garrafão de vinho, remodelo minha fórmula para ser feliz e vou fazendo todas as aberrações concretas e abstratas, proporcionalmente ilusórias sobre a felicidade.
Terei dó de mim se não fizer isso.
 

25.6.13

Tenho boas intenções que nunca consegui levar adiante, portanto não me julgue. 
Não repare tanto nos meus atos.
 Não vigie as minhas promessas. 
Não leve a sério minhas loucuras inofensivas. 
Não engesse minhas teses. Se for preciso, abandone-me, mas não procure motivos, 
pois encontrará boas razões para me condenar.

16.6.13

É estranho você ter ido embora,
 mas continuar morando no eterno mais escondido dentro de mim.

1.6.13

Eu sou do mundo e principalmente do meu mundo habitado pela alegria mesmo que passageira. 
Sou dos atalhos por pressa, sou da ventania por impaciência. 
Sou do mato por natureza. Sou da banalidade pela extrema necessidade de desafogar as culpas.
Sou do afeto que me destinei. Do meu cotidiano. Sou do dia atarefado. Da noite escura. Do infinito do mar.
Sou da ilusão. Das confusas idas e vindas. Da insistência pela história. Sou de acreditar. De me perder nos romances. Sou da saudade dolorida. Das esperas angustiantes.
Sou da minha vasta imaginação. Da sobrevivência. Das tristezas ocasionais. Das perguntas sem respostas. Das respostas sem perguntas.
Sou dos planos sem motivos. Sou de tudo e às vezes do nada. Da fuga por medo. Da razão por obrigação. Da reza por devoção. Da fé por oração.
Sou do que valeu a pena. De momentos eternos. 
Das lembranças. Sou sem vergonha de ser.

21.5.13

Superei tantas coisas. 
Enfrentei tantos gigantes. 
Gastei tempo pensando, tentando, caindo e levantando. 
Recomecei incontáveis vezes. Sonhei e pouco realizei. Naufraguei em dúvidas.
 Revelei segredos íntimos, sob pena de deixar-me vulnerável. Nada disso foi fichinha. 
Nao tirei de letra, mas fiz um esforço enorme para aceitar o que eu não podia modificar.
 Vivi todos os inicios e sobrevivi aos términos. 
Só não me peça para entender as indiferenças. 
 

25.4.13

Todos procuram um amor. E se for indecente, rasgado, determinado, definitivo, atuante na vertical e horizontal, não necessariamente nesta ordem, mas que atue, é um lucro grande demais. 
Um amor de pactos, em negrito que é pra ficar bem marcado. Um amor que dê espaço nas suas gavetas para as coisas que o outro traz. Isso mesmo: um amor que acomode os discos, livros de receitas, cremes, perfumes, ternos, paletós, vestidinhos, sandálias e tênis. 
Com esse amor, dispensam-se analistas. Amor assim é versão de novela, folhetim, cinema e livro de romance.
 
Há tanta gente na fila, esperando uma vaga nesta escola do amor imutável, que se preze e se decida.
Por todos os arquipélagos que passei e pelo andar da minha carruagem afetiva, escolhi não ser normal, pois não quero arriscar e esperar por um amor assim. Aprendi que há coisas feitas para serem sonhadas. É como ler o horóscopo uma vez por semana- servem apenas para inventar ilusões e lamber a lua dos enamorados. E eu aqui, nesta existência profana, intocada, sugada e repetida, me reorganizei para outra introdução: um amor suficiente, nascido para ser aceitável capaz de oferecer só aquilo que possuir. 
Um amor sem definição e interrupção, predestinado a não deixar saudade. 
Pode até ser um amor qualquer. Um amor, que seja amor.
 Eu quero um amor assim e se isso não for possível, pode até algo “entre aspas”.
 

23.4.13

Agora, chega de ludibriar o coração, pois quando considerei tudo fácil, tudo trivial, veio à vida e na sua melhor das intenções, apontou o dedo prá mim com outra proposta, diferente das exageradas doçuras que pensávamos.
Passei a entender o óbvio. Entendi que a vida é mãe, pai, irmão, mas é também madrasta e que as coisas acontecem no imprevisível. Viver não é somente horizontal. Viver é curvas, círculos, tropeços e não adianta esperar a felicidade gratuita.
A escalada é a felicidade, que tem dois lados, tal como a moeda.
E bonito é o caminho das flores, mas eu só me dei por vitoriosa quando eu atravessei pântanos.
É a vida facetada em pronomes, plurais e singulares, objetiva e subjetiva e que tem como extrato de tudo, a tal felicidade. Encontre-a, se for capaz.

20.4.13

Tudo bem. Tudo indo. Tudo certo. Tanto amor. Tudo incerto.
Tanta coisa ruidosa. Tanta saudade danosa. Tanto querer. Tanto fazer. Tanto prazer. Tanta espera pelo nada. Tanto frio no vazio. Tanto choro sem consolo. Tanta loucura solitária. Tanta dor sem cura. Tanto aqui. Tanto muito pelo pouco. Tanto pouco pelo muito. Tanta escuridão sem motivo. Tanta claridade sem necessidade. Tantos presentes urgentes. Tantos futuros incertos. Tantos invernos nus. Tantas primaveras mortas. 

Tantos ensaios sem roteiros. Tantas peças sem palmas. Tanta coragem sem causa. Tantos medos sem motivos. Tantos punhos cerrados. Tantos abraços contidos. Tantos ganhos sem necessidade. Tantas necessidades sem ganhos.
Tantas buscas sem encontros. Tantos imaginários. Tantos silêncios perversos. Tantas portas abertas. Tantos corações fechados. Tanta cumplicidade sem par. Tanto amor desperdiçado. Tantas lembranças acumuladas. Tanto eu presente. Tanto tu ausente.

14.4.13

Pessoas são ímpares. 
Os sentimentos, esses sim, são semelhantes, parecidos e até quase iguais. 
Pessoas que se amam, dividem experiências, sem olhos vendados. 
Pessoas completas até se toleram com decência. 
Cumprem o que prometem e se repetem no amor. 
 

31.3.13

De todas as coisas, gigante é o meu coração. 
Gigante também é minha força de vontade e minha risada, que costuma fazer barulho. E de tudo que possuo, guardo tudo escrito e rabiscado, releio e guardo no coração para nunca esquecer, porque aprendi que o que fica lá dentro é para sempre. E findando esta conversa, sou essa garota que gosta de amor completo, vontade escancarada, poucos acertos, algumas loucuras, endereço certo, vida incerta, e um único detalhe relevante: a decisão de continuar colaborando com a minha história e tentar fazer bonito, mesmo errado. Absolutamente convicta de que a minha vida é a única coisa que me pertence e ninguém tem a responsabilidade de vivê-la por mim, a não ser eu.