"De leve...inocente...determinado...despercebido...distraído. E outra vez os arrepios...outra vez as sensações..."

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25.4.13

Todos procuram um amor. E se for indecente, rasgado, determinado, definitivo, atuante na vertical e horizontal, não necessariamente nesta ordem, mas que atue, é um lucro grande demais. 
Um amor de pactos, em negrito que é pra ficar bem marcado. Um amor que dê espaço nas suas gavetas para as coisas que o outro traz. Isso mesmo: um amor que acomode os discos, livros de receitas, cremes, perfumes, ternos, paletós, vestidinhos, sandálias e tênis. 
Com esse amor, dispensam-se analistas. Amor assim é versão de novela, folhetim, cinema e livro de romance.
 
Há tanta gente na fila, esperando uma vaga nesta escola do amor imutável, que se preze e se decida.
Por todos os arquipélagos que passei e pelo andar da minha carruagem afetiva, escolhi não ser normal, pois não quero arriscar e esperar por um amor assim. Aprendi que há coisas feitas para serem sonhadas. É como ler o horóscopo uma vez por semana- servem apenas para inventar ilusões e lamber a lua dos enamorados. E eu aqui, nesta existência profana, intocada, sugada e repetida, me reorganizei para outra introdução: um amor suficiente, nascido para ser aceitável capaz de oferecer só aquilo que possuir. 
Um amor sem definição e interrupção, predestinado a não deixar saudade. 
Pode até ser um amor qualquer. Um amor, que seja amor.
 Eu quero um amor assim e se isso não for possível, pode até algo “entre aspas”.
 

Um comentário:

Nádia Santos disse...

Lindo! Basta apenas que seja amor...
Bjus inspiradíssima amiga Michelly.