(…) E era uma felicidade desesperada, haveria algo assim, uma felicidade desesperada? Estava tudo bem novamente, e eu te abraçava e te beijava com ânsia, com fúria, eu te arrancava a roupa e machucava os dedos arrancando a tua roupa(...) o meu olhar úmido grudado no teu, o corpo que se encaixava em descenso, eu que sentia como uma queda, um desfalecimento, o encontro daquela nossa desnudez, a exatidão da tua pele nos traços mais delicados da minha pele, e o roçar dos meus seios no teu peito, na tua boca, e eu que te abraçava, cada vez mais profundamente, e te beijava, cada vez, minha língua acariciando a tua, haveria algo assim? Eu que arqueava e desarqueava o corpo, e te sussurrava promessas e frases desconexas no ouvido, eu que te arranhava, eu que te agarrava e te mordia e te apertava, eu que sentia o suor escorrendo pelo rosto(...)
Eu que era toda um gemido lento e interminável.
E a cada instante eu pensava,
como era possível?
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