"De leve...inocente...determinado...despercebido...distraído. E outra vez os arrepios...outra vez as sensações..."

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4.2.12

O vilão da história

Precisamos de vilões. Vilões do cotiano, que sirvam de desculpa para nossas fraquezas, defeitos, incompetências. Precisamos que alguém nos mande embora para que a "culpa" do nosso prévio abandono não faça nossa cabeça pesar tanto, que pareça que vai derreter percorrendo nosso corpo até nossos pés. E assim, não precisaremos pisar em nossa patética covardia de decidir, de agir.
Precisamos de vilões para fazerem o trabalho sujo por nós.
Precisamos ser vítimas, porque as vítimas se defendem, legitimamente. A agressão em legítima defesa soa aceitável, justa. Esquecemos que ela é uma medida de ultima instância. Não precisamos nos defender se não chegamos ao último recurso, basta agir com dignidade a cada momento em que o dom da escolha está em suas mãos.
Quando somos crianças podemos dizer que somos vítimas. Mas junto com a maioridade ganhamos uma coisa chamada: liberdade de escolha. Que, por mais que nossa história de vida atrapalhe nessas decisões, sempre, sempre mesmo, temos oportunidades de mudar, de escolher, de escrever a nossa própria história.
Não que isso seja fácil, quem aqui tem condições de ser feliz quando sofrer ou culpar alguém pelo nosso sofrimento é muito mais fácil?

Ser feliz é mais que uma escolha, é uma responsabilidade.
E os nossos vilões?
Eles servem de consolo para nossas fraquezas. 
Mas não as justificam.

Um comentário:

DESIRE disse...

Vilões que, muitas vezes,nos impedem de ser felizes porque não nos libertamos...
Beijos prometidos