"De leve...inocente...determinado...despercebido...distraído. E outra vez os arrepios...outra vez as sensações..."

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28.10.11

Amor é descanso na loucura

(…) Amor é mesmo aquela sensação de voltar para casa.
Amor não tem razão. Ninguém ama pelas qualidades do outro, nem apesar dos seus defeitos. Ama porque o outro é o outro e pronto. 
Amor é pacote completo.
Você sabe que é amor quando se descobre cúmplice. Quando tem a coragem de se mostrar. E de se ver. O outro é um espelho. Vai encarar?
Você sabe que é amor quando se entrega. Mas é melhor guardar algo para si mesmo. Amor não pode ser só para o outro.
Amor é o exercício do não ter. Amar e não ter nada em troca. Porque se é amor, não é em troca. Amor não serve para nada, não garante nada. Como as boas coisas da vida.
Amor é presença e é falta. Uma não vive sem a outra. Amor é liberdade. Gostoso é saber que o outro, com tantas opções, escolheu você mais uma vez. O que fazer para que amanhã ele faça a mesma escolha? Mantenha-se distraído.
Amor é feito de hoje. Da arte de não fazer tudo sempre igual. Da construção. Como revestir parede com aquelas pastilhas bem pequenininhas. No amor é preciso colocar uma por uma. Sem pressa de ver pronto. Para mim, é esse o sentido de amar como se não houvesse amanhã. (…)
Uma convicção: amor é delicadeza.

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